quinta-feira, 2 de julho de 2009

As Dores do Silêncio


Dor, tristeza, comoção, ausência. Palavras que preenchem nosso ego sombrio e, ao mesmo instante, enfraquecem nosso espírito de sobrevivência. Seria possível, depois de uma grande "perda" acumular forças, reveter a situação e, com cabeça erguida, seguir em frente ? Impossível não o é, mas sentimos, inubitavelmente as dores do silêncio, da falta, e da presença também quando vivo. É como se, uma parte de nós fosse despedaçada por completo, ou, ainda mais, de forma sacrifícia e eterna. Partes estas, não simplesmente físicas, mas, ao contrário, vertiginosamente sentimentais. Sabemos, que é concebível ao ser humano tal momento, mas, dosado pelos efeitos, desconhecemos seus limites, por mais claro, daquilo que se espera como consequência. Para encontrar tais "fenômenos", só é buscarmos o caminho da solidão. Sendo que, na verdade não a procuramos, porém, ela se torna tão real em nossas vidas que acabamos por aceitá-la inconscientemente - drogado pela dor. Dor que se diga, pois a partir do instante que somos impregnados por ela, nem estacas, nem sessões auto-flagelas ou, até mesmo, crucificações conseguem justiticar aquele sofrimento. Posto que, já dizia Carlos Drummond de Andrade, " A dor é inevitável, o sofrimento, opcional." Pois bem, podem existir infinitas formas de sofrer sendo que, até certo ponto, poderá evitá-las, mas fugir de algo que é a dor, inevitável. Entretanto, só conseguirá de alguma forma evitá-la, se realmente não for significativa o termo ausência em sua comum vida. Todavia, em meio a essa cosmulação melancólica e, fazendo uso de tais pensamentos, sem respostas aparentes, fico a me questionar, porque, logo as pessoas mais puras e honestas precisam, de vez, desaparecer-se ? A resposta a cabo não venho. Isso é cravado em mim como dúvida cruel. És-a mais ausente que uma morte de um ente e ninguém ousa-se de responder-me. E, se ousa, desconhece. Talvez, Deus deva saber. Bem, e se sabe, ainda não é "pesquisa". Do contrário, ainda sem respostas, teremos que sobreviver das perdas, dosados, agora, por antídotos, remédios, que apenas não fazem mais, ao não ser aliviar. Pois é, enquanto não criam drogas imunes a dor, estarei aqui, a calejar e a esperar por mais uma e interminável... Ah! E quando eu morrer ? Nem sei se estarei "livre" delas. A própria morte me adoece!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Caminhos Pré-destinados ?


Nesse mundo infiel, desastroso e raso, que eu, infelizmente tenho que partilhar da minha sobrevivência, da minha presença e contato para com o próximo, inquieto, repugno... qualquer manifestação concernente ao sistema, para mim, todas serão mal-vindas. Como é triste para uma sociedade ser hipócrita sendo que o espelho dela mesmo somos nós não? Você já parou pra pensar quantas falcatruas, quantas adversidades e injustiças fizera consigo mesmo ? Melancólico somos sem perceber e, depois, a felicidade vem como antídoto para a subsistência precária e temporal. Vida desleal, desamiga essa. A única solução seria mesmo nossos pais ou escassos amigos que talvez, poderiam alimentar um pouco nossas raízes germinantes de expectativa. Mas, isso seria por um tempo só, por um curto prazo... nestante, tudo voltara e agora ? E agora que você aportará de todos os mesmos momentos e efeitos. Realmente onde está nossa ânsia e orgulho de sermos "seres humanos" eu me pergunto ? Nossas fraquezas sempre estão presentes, mas também nossas virtudes alavancam nosso auto-estima. É assim, a vida tem e é essas coisas. O homem que precisa se acostumar-se com sua naturalidade existente... mudar ? Até que seria ligeiramente possível, mas não por completamente. Nós estamos em constante estado de mutação... há pioras, há melhoras... há edificações, há terremotos... há erros, há sucessos... e assim vivemos e sobrevivemos até nossos últimos dias já que a única e legítima confirmação que temos é da nossa morte! Ao mais, faça-se realmente ser ou, no entanto, comece já lamentar sua sobrevivência porque dela de nada mais vale!